LETTERI D’AVVISI

Um blog de alunos de Jornalismo da UNIMEP

Visita a Central Difusora de Jornalismo

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Como trabalho da disciplina de Introdução ao Jornalismo I, do professor Paulo Roberto Botão, o LETTERI D’AVVISI visitou a Rádio Difusora de Piracicaba, uma das principais rádios da região. Na sua fundação foi uma das pioneiras em todo o Brasil e tornou-se referência em tecnologia e programação ao importar os equipamentos e os formatos americanos em ondas estereofônicas de Frequência Modulada, as populares FMs. Bem situada, em diversas fases seus diretores não deixaram de ousar nas programações, no jornalismo e no futebol, atraindo grande parcela de ouvintes e anunciantes da região. Hoje, sua história e a fidelidade dos ouvintes fazem da sua central de jornalismo um dos núcleos mais respeitados da mídia. Passa por mais uma reforma ousada, a caminho da digitalização dos equipamentos e otimização dos espaços. E nos recebe, em meio ao caos que toda mudança provoca.

Na sequência uma entrevista com o jornalista Eder Henrique, responsável pela Central Difusora de Jornalismo cedida ao aluno e também radialista,  Toni Costa e um link para as fotografias da visita:

Toni: Qual sua rotina de trabalho?

Eder: Bom, eu chego aqui na rádio, por volta das nove e meia da manhã, logo na seqüência nós começamos a gravar os boletins informativos, são os módulos informativos que vão de hora em hora na nossa programação, são ao todo sete módulos informativos e começamos a produção do jornal da Difusora, primeira edição, que vai ao ar das onze e meia até meio dia, e do show de bola primeira edição, que é o programa de esportes, que vai ao ar da meio dia a meio dia e meia, então agente tem praticamente, uma hora e meia pra produzir esses dois programas, pela manhã a correria é muito grande. Já no período da tarde, é um pouco mais tranqüilo, por que agente volta para a emissora por volta das quatorze horas, o jornal da Difusora, começa só as dezessete e trinta, então tem três horas e meia para a produção do jornal e pra produção do show de bola segunda edição, que é o programa de esportes na segunda edição, que começa as seis e meia e termina as sete da noite.

Toni: A quanto tempo você é jornalista, atua na área e quais são as dificuldades encontradas nesse caminho?

Eder: Jornalista formado a meio ano, eu conclui a faculdade na Universidade Metodista de Piracicaba, em dezembro, mas trabalho na área já a oito anos, comecei antes mesmo da faculdade, comecei com quinze anos de idade, trabalhando em uma rádio de Americana. Acho que a principal dificuldade de trabalhar nessa área, é a falta de um horário fixo, por que jornalista não tem um horário fixo, o bom  é que não tem uma rotina, sempre, todo dia você não sabe o que vai vir pela frente e a incersão no mercado de trabalho é muito complicado, pra mim ainda, não foi por que eu já trabalhava antes de entrar na faculdade, mas aquelas pessoas que entram na faculdade, se formam e depois começam a procurar uma oportunidade de trabalho, encontra uma certa dificuldade, é muito difícil de você entrar e já ser registrado, receber seu salário, eu trabalhei em rádio três anos sem receber.

Toni: E qual a sua opinião sobre a obrigatoriedade do diploma?

Eder: Sou totalmente favorável, apesar de ter trabalhado muito tempo sem o diploma, foram três anos antes da faculdade, e quatro anos durante a faculdade, eu acho que o diploma ele é apenas um papel mas é importante a faculdade em si, é o que da a formação acadêmica pra você, as aulas teóricas dão um alicerce fundamental pra profissão, aulas como sociologia, economia, psicologia, até acho que falta um pouco uma aula relacionada as leis, acho que falta um pouco, algo que tem que ser aprofundado, não basta só ética na profissão, então sou totalmente favorável a isso, por que? A faculdade, por ser quatro anos, não são todas as pessoas que conseguem ir até o fim, as vezes por um motivo financeiro, as vezes por que falas “puxa vida, o diploma não é obrigatório, por que vou fazer a faculdade?”, e sem a faculdade, abre espaço para os picaretas de plantão, as pessoas que agem, e no interior do estado de São Paulo, são inúmeros os exemplos desses picaretas que atuam, que exploram essa mulecada que procura o jornalismo, que por terem sido explorados, eles querem passar essa exploração pra frente, ai fica esse processo muito ruim pra profissão.

Toni: Na sua opinião, quais são os desafios do jornalismo na internet?

Eder: Eu acho que a questão da atualização é a principal, o rádio por exemplo é um meio mais rápido, se você está na rua, você vê um acidente, basta você pegar o telefone, ligar e você dá aquele flash no ar, você já informou seu ouvinte, a televisão não consegue isso, o jornal impresso muito menos e a internet, por depender de uma estrutura, depender de um computador, também não consegue isso, existem uns quadros, inclusive no Terra, tem o você repórter, o cara que ta na rua e vê alguma coisa, ele pode mandar o texto, mas isso demora um pouco, eu acho que a atualização é fundamental na internet, as pessoas que mantem blogs, por exemplo, é uma ferramenta muito importante pra informação pro jornalismo, desde que seja atualizado, então o jornalismo na internet, ele não está pra ser uma brincadeira, pra ser um algo mais, ele tem que pensar que ele tem que ser o jornalismo na internet, como o rádio tem que pensar que é o jornalismo de rádio, a TV, o jornalismo de TV e o impresso, o jornalismo impresso, não é um meio que serve apenas pra ter algo mais que está na TV, que está no rádio ou que está no impresso, não, tem que ser o jornalismo de internet, mais uma categoria, acho que atualização é uma das principais.

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3 de junho de 2009 at 22:03

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Fotografias: atividades de Laboratório de Voz

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Como proposta da professora Regina Zanella, da disciplina Laboratório de Voz do curso de Jornalismo da UNIMEP, os alunos do primeiro semestre selecionaram reportagens jornalísticas do rádio e da televisão para reprodução nos estúdios de comunicação. Com o auxílio dos técnicos e supervisão da professora as técnicas de postura e voz, discutidas em sala de aula, foram sendo aplicadas a cada exercício diante das câmeras e dos microfones. Confira as atividades de cada dia nas fotografias dos alunos Ivan Moretti e Esther Rosalen.

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31 de maio de 2009 at 18:52

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Jornalista: habilidades e competências

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Os novos jornalistas vivem uma realidade totalmente diferente dos mais antigos. A tecnologia era bem menor e a divisão de trabalho bem diferente.

Foi principalmente nas décadas de 80 e 90 que se iniciou o avanço tecnológico, mudando profundamente o perfil daqueles que trabalham com a informação. A internet, por exemplo, abriu um novo campo de trabalho para esses profissionais, mas também exigiu o domínio de novas habilidades, competência e uma constante atualização de tais técnicas. Naquela época os repórteres basicamente apuravam as noticias, hoje, muitas vezes ele mesmo faz a publicação.

O jornalista se resume em um profissional que precisa estar atento á cada novidade, estar sempre conectado ao avanço tecnologico, hábil, competente, tendo a objetividade e ética como ferramentas da busca, interpretação e produção da noticia, da forma como descrita nos seus objetivos reais de imparcialidade e fidelidade dos fatos.

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14 de maio de 2009 at 00:23

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Os impactos da internet no jornalismo

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O principal impacto é a velocidade, que nos atualiza quase que em tempo real, dos fatos de diferentes e mais distantes pontos geográficos, técnica antes só possível por vias do rádio e da TV.

Há também a quantidade de informações transmitidas por sistemas distintos, que tem em sua composição além de conexões para outros textos, o fornecimento de outros tipos de linguagem, como trechos de áudio e vídeo. 

Os leitores podem contribuir ou debater interagindo com o emissor da noticia por e-mail, e além da grande extensão de linguagem e distribuição conta também com a pesquisa, uma forma de se interar ainda mais do que está sendo informado.

Essas são algumas das razões pelas quais o jornalismo on-line é um dos meios de comunicação que mais cresce no mundo todo. 

O principal impacto é a velocidade, que nos atualiza quase que em tempo real, os fatos de diferentes e mais distantes pontos geográficos e a quantidade de informações transmitidas por organismos distintos formando uma rede de opiniões sobre a noticia.

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14 de maio de 2009 at 00:21

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A construção da notícia

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A construção da noticia, em um tele jornal por exemplo, se baseia primeiramente em uma filtragem de informações, que acorre conforme os critérios da sua respectiva empresa de comunicação, trabalho esse, executado pelos editores, produtores, repórteres e também pelos donos, ou reponsáveis pelos interesses da empresa.

A sociedade toma conhecimento da noticia através dos meios de comunicação, em furos de reportagens e acontecimentos de eventos, fato esse que serve não somente para se ter um relatório do que houve no dia, mas principalmente para mostrar ao receptor da noticia em que proporções a realidade será afetada pelo acontecimento.

A noticia tornou-se um grande produto dos meios de comunicação de massa, a maioria das pessoas assistem a um tele-jornal, ou compram um jornal impresso para ler as noticias e não os reclames publicitários, apesar de que também são importantes, já que a publicidade atinge as massas formando opiniões.

Em resumo, a noticia é uma organização das informações obtidas de varias fontes sobre um acontecimento inusitado, que foge a rotina. Uma informação objetiva, real, imparcial e de interesse publico.

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14 de maio de 2009 at 00:19

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Jornalismo e a sociedade

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Jornalismo não se resume em informação pura e simples, não é narrar o ocorrido; jornalismo é o necessário envolvimento para informar de acordo com a ambiência do fato, seus personagens e ações. É uma seleção de idéias editadas sobre o conteúdo do “cenário”, transmitida pela óptica e interpretação do jornalista para que a sociedade se beneficie das informações para sua construção cultural.

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14 de maio de 2009 at 00:16

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Os marcos do jornalismo

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O desenvolvimento do jornalismo foi marcado por três fatos principais: A expansão, a comercialização e a profissionalização dos jornalistas.

O desenvolvimento do primeiro mass media, a imprensa, ocorreu durante o século XIX. O jornal, que inicialmente tinha o intuito de fornecer propagandas, passou á ter como objetivo o fornecimento de informações.

No século XVIII o jornal era usado com arma política e, em meados do século XIX, ele se tornou um negócio baseado nos lucros. As notícias tornaram-se fatos e não opiniões.  Já no fim do século, a informação era tida como mercadoria. A imprensa tornou- se mais sensacionalista e os fatos que marcaram essa evolução foi a comercialização e a profissionalização dos trabalhadores da imprensa.

Os jornais passaram a se auto-financiar e o jornalismo se tornou um negócio com crescente número de proprietários, tornando-se cada vez mais importante para a publicidade. Hoje, a publicidade ganha várias páginas de inúmeros jornais, variando de acordo com seus leitores e classes sociais.

No século XIX houve a escolarização de massas, permitindo o aumento de leitores e o fortalecimento da luta contra a censura com a denominação da imprensa como o “Quarto Poder”.

Os jornalistas eram tidos como revolucionários e os jornais eram instrumentos fundamentais para a relação da sociedade com o governo.

Com o passar do tempo o jornalismo deixa a exclusividade á política, para tornar as noticias, informações. Um novo produto com o objetivo de lucro.

Em resumo, a expansão da imprensa implicou no desenvolvimento do capitalismo, na alfabetização, na constituição de centros urbanos, na necessidade de um novo sistema de governo, em uma luta constante por liberdade e autonomia e na profissionalização dos jornalistas que se orientavam por novos valores com enormes responsabilidades sociais.

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14 de maio de 2009 at 00:09

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O conceito de interesse público e os rumos do jornalismo

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Se não há interesse público, não há como uma empresa jornalística se manter enquanto um órgão de prestação de serviços. Porém existe uma tendência de formar opiniões que, muitas vezes,  induzem ao consumo e padronizam o gosto popular. Sujeitando-se a isso, o  jornalismo contemporâneo pode entrar em crise pelo poder dos grandes grupos que tem o domínio do capital e tendem a usar essa força para conquistar o eleitorado ou para atrair fiéis às suas igrejas comprometendo a credibilidade que é um dos principais fundamentos do jornalismo. 

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14 de maio de 2009 at 00:08

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O jornalismo contemporâneo respondendo às necessidades de conhecimento da sociedade

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O jornalismo passa por um desenvolvimento constante. A cada dia a tecnologia amplia as formas de trocar informações. As notícias podem chegar através do rádio, televisão, de forma impressa ou online, variando o público conforme suas classes sócio-econômicas e interesses individuais. A difusão de informações é ampla, assim como sua diversidade, o que aumenta o acesso as informações pela sociedade.

Junto  com o desenvolvimento da imprensa tornou-se aparente, em alguns momentos, a manipulação das informações. Sabe-se que a ética prevalece nas redações e que a verdades se expõem, mas uma notícia pode repercutir conforme os interesses dominantes, seja ele, do leitor, do dono do jornal, ou talvez, do poder político.

A imprensa é o principal meio de informação para a sociedade, mas nem por isso devemos simplesmente aceitar tudo o que é publicado sem antes refletir sobre os fatos. É preciso discutir e chegar a uma conclusão pessoal para desenvolver um senso crítico.

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14 de maio de 2009 at 00:06

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Manifesto do Jornalismo em Brasília

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Manifestantes protestam em Brasília            fotografia: Lucas Fontes
Em manifesto, o jornalismo faz barulho  em Brasília  –  fotografia: Lucas Fontes

           No último dia primeiro, em Brasília, em frente ao Superior Tribunal Federal, estudantes de jornalismo da Universidade Metodista de Piracicaba  – UNIMEP,  jornalistas, professores e estudantes de Goiás, Campinas, Ceará e Distrito Federal, totalizando mais de cem pessoas, participaram de um protesto para a rejeição do Recurso 511961, que contesta a exigência do diploma para o exercício do jornalismo. Os manifestantes marcaram presença horas antes do início da sessão. Ao som de  instrumentos musicais, com camisetas  e cartazes estampando a indignação contra o Recurso e a favor da obrigatoriedade do diploma, entoaram cantos e protestaram. Apesar do entusiasmo não houve nenhuma atitude hostil, mas por medida de segurança foram impedidos de chegar até a entrada do STF.

          Em conseqüência dos barulhos dos manifestantes, ouvidos no Plenário, o presidente do STF, Gilmar Mendes, antecipou o intervalo da sessão. Alguns ministros, que se aproximaram para sentir o clima, se colocaram a favor do protesto e aumentaram a euforia que tomava conta do local. A manifestação só parou por volta das 18h, ao término da sessão.

          Todos, saímos de Brasília com o sentimento de que a manifestação foi um sucesso. Conseguimos chamar a atenção sobre o assunto e, principalmente, mostramos estar alertas à tentativa de ferir nossos direitos de organização e regulação profissional que garante a qualidade dos serviços de informação à sociedade brasileira.

             Participar da caravana e relatar esse ato, entrou para a história de nossas vidas.

             Lucas Fontes

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15 de abril de 2009 at 12:21

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